Revirei o mundo
Para ter
O teu olhar
Em mim,
Revirei o mundo
Pra beber
Da tua candura
E do amor
Que
Do teu coração
Transcende.
Este
Corpo teu
Quando abraço
E o envolvo
Em mim,
Parece chama
Que devora
Estes desejos
Meus.
E o teu olhar
Que é doce
Como nuvem,
É cheiro de flor
Na primavera,
É beija-flor
A bicar raios
De sol,
É abelha
Adocicando
O mundo,
É uma brisa
Alisando
A minha alma.
E assim
Vou me demorando
Entre o ar
E a tua pele,
Recolhendo
Os mistérios
Do teu ser,
Te desvendando
Como o sol
Desvenda o grão
E faz romper
A terra
Com ternura
E com silencio,
E verdeja
A pele
Tão cicatrizada
De acolher o tempo
De acolher as mãos
De acolher
As lágrimas
Tantas vezes
Vertidas
Neste solo
Que sabe
O que é amor
O que é amor.
Livingston
domingo, 28 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
ELA E A OUTRA
Ela bebe água
A outra bebe coca-cola
Ela come arroz integral
A outra come acarajé
Ela fala inglês
A outra sabe sorrir
Ela fala de sexo
A outra sabe usar a língua
Ela tem olhos bonitos
A outra tem candura no olhar
Ela quer consertar o mundo
A outra quer apenas viver
Ela não conheceu o amor
A outra tem amor para dar
Ela detesta filho
A outra queria parir o mundo
Ela não sabe chorar
A outra chorou um oceano
Ela tem modos à mesa
A outra está sempre em casa
Ela tem um deserto no olhar
A outra tem um domingo de sol
Ela entende de moda
A outra sabe se vestir
Ela tem o português perfeito
A outra tem braços de labaredas
Ela é bonita
A outra é mãe
Ela é ártica
A outra solstício.
Livingston
A outra bebe coca-cola
Ela come arroz integral
A outra come acarajé
Ela fala inglês
A outra sabe sorrir
Ela fala de sexo
A outra sabe usar a língua
Ela tem olhos bonitos
A outra tem candura no olhar
Ela quer consertar o mundo
A outra quer apenas viver
Ela não conheceu o amor
A outra tem amor para dar
Ela detesta filho
A outra queria parir o mundo
Ela não sabe chorar
A outra chorou um oceano
Ela tem modos à mesa
A outra está sempre em casa
Ela tem um deserto no olhar
A outra tem um domingo de sol
Ela entende de moda
A outra sabe se vestir
Ela tem o português perfeito
A outra tem braços de labaredas
Ela é bonita
A outra é mãe
Ela é ártica
A outra solstício.
Livingston
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
DESEJO E SONHO
Desejo além
Da superfície de ti
Muito além
Do que está
Plantado
Em tua pele
Quero
As cores
Que te colorem
Por dentro
Quero
Os motivos
Que elaboram
Teu sorriso
Quero estar
No teu pensamento
Quem sabe
Sê-lo
Por inteiro
Quero ser
Um sonho
Demorado
De perfume
E cor
Um fato
Tridimensional
Que acorda
Em tua lembrança.
A distância
Que nos separa,
É meramente
Um acidente
Geográfico
Que nos parte
Em dois,
A noite
Única
Como um mar
Implacável
Nos afoga
De ausência
E o pensar
É que nos salva
Deste naufrágio
De silencio.
Que eu seja
Teu sorriso
Uma fagulha
De alegria
Uma canção
No teu ouvido
Um prazer
Incontido
Um olhar
Perdido
Um beijo
De fogo
Um vulcão
Em erupção
Que eu seja
Uma lembrança
Cheia de arrepios
Uma réstia
De sol
Na tua noite
Ártica
Mais do que
Poeta
Ser
A tua poesia
Completa
A presença
Simples
De estar
Em ti
É como
Colar continentes
Colar retinas
Fundir corações
Esse meu
E o teu..
Livingston
Da superfície de ti
Muito além
Do que está
Plantado
Em tua pele
Quero
As cores
Que te colorem
Por dentro
Quero
Os motivos
Que elaboram
Teu sorriso
Quero estar
No teu pensamento
Quem sabe
Sê-lo
Por inteiro
Quero ser
Um sonho
Demorado
De perfume
E cor
Um fato
Tridimensional
Que acorda
Em tua lembrança.
A distância
Que nos separa,
É meramente
Um acidente
Geográfico
Que nos parte
Em dois,
A noite
Única
Como um mar
Implacável
Nos afoga
De ausência
E o pensar
É que nos salva
Deste naufrágio
De silencio.
Que eu seja
Teu sorriso
Uma fagulha
De alegria
Uma canção
No teu ouvido
Um prazer
Incontido
Um olhar
Perdido
Um beijo
De fogo
Um vulcão
Em erupção
Que eu seja
Uma lembrança
Cheia de arrepios
Uma réstia
De sol
Na tua noite
Ártica
Mais do que
Poeta
Ser
A tua poesia
Completa
A presença
Simples
De estar
Em ti
É como
Colar continentes
Colar retinas
Fundir corações
Esse meu
E o teu..
Livingston
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
DIÁLOGO DE OLHOS
O que importa
Apenas
É uma noite
De estrelas
Uma janela
Que faz
Tu e eu
De retrato
E um beijo
Que nasce
Da noite
De nós.
Desejo apenas
Que teus pés
Brinquem
Com os meus
Pela noite afora
E que
Nossos olhos
Matem a fome
De tanto tempo
Perdido
Esta eternidade
Passada
Que se finda
Nestes dedos
Que se entrelaçam
Na lisura
Da pele
Que desliza
Corpo afora
E os pelos
Que se eriçam
E se abraçam
Neste arder
De fogo
E sangue
E chama.
O que importa
É nós
Neste rio de tempo
Em que vivemos
E esvaímos
Nós que somos
Água
Por sermos
Lágrima
Nós que corremos
Sempre
Para o rio de alguém.
Que o invisível
Das coisas
Que me vão
Por dentro
Nesta noite
Encontre
O invisível
De ti
Das coisas
Que só os olhos
Podem revelar
Nesta noite
De diálogos invisíveis
Que só o olhar
Pode entender.
Livingston
Apenas
É uma noite
De estrelas
Uma janela
Que faz
Tu e eu
De retrato
E um beijo
Que nasce
Da noite
De nós.
Desejo apenas
Que teus pés
Brinquem
Com os meus
Pela noite afora
E que
Nossos olhos
Matem a fome
De tanto tempo
Perdido
Esta eternidade
Passada
Que se finda
Nestes dedos
Que se entrelaçam
Na lisura
Da pele
Que desliza
Corpo afora
E os pelos
Que se eriçam
E se abraçam
Neste arder
De fogo
E sangue
E chama.
O que importa
É nós
Neste rio de tempo
Em que vivemos
E esvaímos
Nós que somos
Água
Por sermos
Lágrima
Nós que corremos
Sempre
Para o rio de alguém.
Que o invisível
Das coisas
Que me vão
Por dentro
Nesta noite
Encontre
O invisível
De ti
Das coisas
Que só os olhos
Podem revelar
Nesta noite
De diálogos invisíveis
Que só o olhar
Pode entender.
Livingston
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